Está aberta no Espaço Associado da Acirp a exposição “Jorge Amado – do Brasil e do mundo”, inaugurada ontem por Daniel Rodrigues, diretor de Ação Cultural da entidade, e pelos demais membros que integram o Núcleo de Cultura da Associação Comercial e Industrial de Rio Preto. Essa mostra, fruto de pesquisas da escritora Hygia Therezinha Calmon Ferreira, professora da Unesp, foi criada para homenagear os cem anos de nascimento do grande escritor, enriquecida de pinturas e esculturas assinadas pela artista plástica Norma Vilar que procuram criar um cenário que evoca a cultura e a tradição baiana. A entrada é franca.
Amado Jorge (2)
Hygia Calmon Ferreira tem uma estreita ligação com o escritor. Seu pai, o médico Hedilberto Ferreira, também baiano, morava no Pelourinho, em Salvador, quando aos 27 anos conheceu Jorge Amado que, na época, tinha 18 anos. E nessa exposição, Hygia apresenta relatos sobre esses encontros entre eles e sobre os vínculos de amizade que a ligavam com Jorge Amado e Zélia Gattai. Um fato digno de registro é que no livro de Zélia Gattai, “Um Chapéu para Viagem”, a escritora narra o momento em que Jorge Amado se declarou para ela. Foi numa festa, em São Paulo, na casa de Maurício Goulart, rio-pretense por adoção.