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Aprender um segundo idioma beneficia saúde mental na velhice

Aprender uma segunda língua, em qualquer momento da vida, tem efeito positivo sobre a capacidade cognitiva e previne problemas na velhice, como a demência, por exemplo. Essa foi a comprovação de uma pesquisa realizada pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, com 835 pessoas nascidas em 1936 e publicada no periódico Annals of Neurology.

O estudo foi o primeiro a examinar se aprender uma segunda língua impacta no desempenho cognitivo futuro levando em consideração a inteligência da pessoa durante a infância. Os participantes realizaram teste de inteligência em 1947, quando tinham 11 anos de idade, e, novamente, por volta dos 70 anos, entre 2008 e 2010. Dentre as pessoas estudadas, 260 afirmaram serem capazes de se comunicar em pelo menos uma outra língua além do inglês. Dessas, 195 aprenderam a segunda língua antes dos 18 anos de idade e 65 aprenderam depois.

Os resultados indicaram que aqueles que se comunicaram em mais de uma língua tinham melhores habilidades cognitivas do que os outros. Os efeitos foram mais intensos na inteligência geral e na capacidade de leitura e foram observados tanto em quem adquiriu a habilidade de falar o segundo idioma cedo quanto mais tarde na vida.

Adriana Cristina Caldas, mãe de Lucas e Pedro Caldas, de 14 e 10 anos respectivamente, incentivou os filhos desde pequenos a aprenderem um segundo idioma. Ela revela que a importância de estudar a língua inglesa vai muito além da questão profissional. “Meus filhos começaram a estudar com oito anos e isso ajudou muito a ficarem mais atentos na escola, a terem disciplina nos estudos e até a se socializarem com outros jovens”, explica Adriana.

Novos aprendizados

Mas quem não teve a oportunidade de começar a estudar outra língua desde cedo não deve pensar que essa iniciativa não vale mais a pena. Afinal, atividades que estimulam o conhecimento e a sociabilidade são fundamentais em qualquer fase da vida. “O aprendizado de um novo idioma se apresenta como uma atividade abrangente, pois trabalha a memória, a capacidade de raciocínios abstratos, a interação com a realidade, com novos pensamentos e novas perspectivas”, afirma Daniel Rodrigues, diretor da CCLi Consultoria Linguística.

A aposentada Valdecir Tebar, de 65 anos, faz aulas de inglês há dois anos e, nesse período, já percebeu que o aprendizado tem trazido muito mais do que novos conhecimentos. “É perceptível como minha memória melhorou, além do meu desempenho de escrita, de leitura e de conhecimentos gerais, pois toda semana aprendo algo novo”, diz Valdecir.

Aprender uma segunda língua também colabora com as questões sócio-afetivas. “A aquisição de um novo idioma contribui para aumentar a autoestima do idoso, evita o isolamento e diminui a sensação de exclusão social, trazendo uma melhoria geral na qualidade de vida”, ressalta Rodrigues. A aposentada Valdecir diz que aprender um segundo idioma despertou o desejo de conhecer lugares novos. “Depois que comecei a aprender inglês, tenho muito mais vontade de viajar, pois é mais fácil me comunicar e conhecer lugares e pessoas”, revela Valdecir.

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