Por: Daniel Rodrigues
Sempre é um desafio conseguirmos inovar e conciliar o que já existe com o que precisa nascer. E nunca é fácil lidar com todas as pressões internas e externas que sofremos nesses momentos de tomarmos decisões. Como estamos chegando ao final de mais um ano e é uma época propícia para começarmos a planejar nosso próximo ano, compartilharei nas próximas semanas as 4 perguntas poderosas que aprendi há quase uma década com minha coach Mariana Carnelossi e que até hoje me ajudam a ter mais calma nos cenários turbulentos. Elas com certeza poderão lhe ajudar a ter um ano novo de verdade e não apenas mais um ano pela frente!
Para termos um ano novo, é preciso inovarmos nas nossas vidas! E a inovação é sempre uma ideia que quando realmente colocada em ação tem o poder de gerar um impacto significativo no mundo. E que impacto poderia ser melhor para cada um de nós do que vivermos um ano novo em 2024? E essas perguntas valem tanto para o planejamento nos negócios quanto na própria vida. A pergunta do artigo de hoje é: “O que quero parar de fazer?”
Para darmos força para o novo, é importante aprendermos que há coisas que devem ir embora para outras poderem vir. Se quisermos sempre manter tudo o que já fazermos e irmos sempre incluindo coisas novas em cima de coisas novas, podemos não aproveitar o impacto que as coisas novas poderiam ter nas nossas vidas simplesmente por estarmos gastando tempo e energia com o que não nos serve mais. Pode parecer difícil, e realmente é. Mas aprender a desapegar e deixar de fazer o que não faz mais sentido no próximo ano em nossas vidas pode ser o primeiro grande passo para construir seu ano novo de verdade.
No mundo da inovação, essa é uma prática extremamente comum. O Google, uma das empresas mais inovadoras do mundo, tem até um site em que coloca todas as suas iniciativas que por algum motivo decidiram parar de fazer. No Google Cemetery encontramos mais de 100 iniciativas aposentadas. Por algum motivo, não funcionaram ou não serviram mais para levar a empresa para o que geraria resultado e a decisão de parar de fazer é a forma de garantir recursos para focar nas outras ações que terão mais impacto.
E o bacana da analogia do Google Cemetery é que culturalmente o cemitério é o lugar em que enterramos nossos entes queridos e onde prestamos homenagens póstumas. Não significa a perda da importância na vida dos que continuam, mas sim a perda da vida mesmo dos que precisaram partir. Há coisas em nossas vidas que fazemos porque estamos apenas habituados a fazer e que quando analisamos com cuidado e carinho percebemos que já estão mortas, sem vida. Fazer esse enterro simbólico pode ser importante para reconhecermos o devido valor que determinada coisa ou determinada tarefa já teve em nossas vidas e de podermos ser gratos por terem existido. E ao fazermos isso, estaremos simultaneamente liberando nosso tempo para coisas novas, trazendo um novo vigor para nosso planejamento do nosso ano novo, tendo energia para mantermos tudo o que realmente faz sentido e fazermos nascer o que é necessário.
Ao longo deste mês de dezembro, a cada semana trarei uma das quatro perguntas poderosas para refletirmos sobre nosso planejamento para 2024! Espero assim contribuir para que possamos ter força para inovar em nossas vidas no próximo ano.
O exercício de hoje que fica é: o que você vai deixar de fazer no próximo ano?