Inspirada pela neve, professora apresenta coletânea de poemas
Francine Moreno
Uma relação nostálgica com a neve. É desta forma que a poetisa e professora de linguística Roselis Batista R. examina as miudezas e as relações da natureza com o homem no livro “Cristais de Orvalho/Cristales de Rocio”, pela HN Publieditorial, com lançamento amanhã, às 19h30, no CCLi, em Rio Preto. Roselis dilui em poemas suas observações sobre a vida. Na obra, a autora retoma o estado natural de sua escrita e utiliza dessas ferramentas para descrever a realidade.
Escrito em português e espanhol, os poemas transitam por diversos temas. Roselis atribui boa parte deles à sua experiência como escritora diária de poemas, a sua profissão e ao México. Radicada há 14 anos na França, Roselis atuou como docente de tradução no Ibilce entre 1989 e 1993, e morou muitos anos no México. Atualmente, é professora do Departamento de Línguas Românicas, na Universidade de Reims Champagne Ardenne, na França. Roselis é autora de mais dois livros: “Poeminhas”, pela Universidade do México, e “Lírica nem sempre amorosa/Lirica ni siempre amorosa”, pelo Grupo Editorial Cenzontle.
A autora conta que “Cristais de Orvalho” surgiu depois dela ver pela janela de sua casa a neve no jardim. “Reparava que em fevereiro surgia entre a neve uma flor lilás. Mesmo com toda fragilidade e pouca luz solar, elas saíam e se destacavam entre aquela imensidão branca”, conta. A escritora ficou tocada e tentou trazer para a realidade cotidiana essa condição. “As flores, assim como muitos homens e mulheres, lutam diariamente contra os contratempos em busca de luz. Por meio do livro, tento simbolizar a vida e mostrar que tem beleza”, diz a autora, sobre poemas que começaram a ser escritos em 2007.
A obra possui dois prefaciadores: o professor João Adalberto Campato Júnior, pós-doutor em Teoria Literária pela Unicamp, e o professor francês Emmanuel Le Vagueresse, docente da Université de Reims. Por meio das 110 páginas e 51 poemas do livro, Roselis tenta revelar sua paixão por poemas. Ela acorda cedo para ler e escrever todo dia. “Quando não estou viajando, escrevo mais de dois poemas num dia”, afirma. Ela não é tão rigorosa e nem precisa de inspiração.
“O poeta verdadeiro não precisa de inspiração porque se exercita diariamente. É um trabalho constante onde se cria uma estética e estilo peculiar. As pessoas leem e te enxergam nos poemas. A poesia é suor”, diz. Roselis não espera que seu livro vire um best-seller mas espera que sua obra seja lida. Talvez porque tenha tido sorte com propagação de seus outros dois livros. “O livro ‘Lírica nem sempre amorosa’, por exemplo, foi lançado no México e comentado na França. Nunca pensei que chegaria a tantos países e quando percebi ele também estava sendo comprado em Portugal e Cuba”, diz.
A escritora prepara seu quarto livro de poemas. Uma homenagem ao seu pai, Oduvaldo Batista. “O livro ainda não tem um nome, mas vai ser dedicado a esse jornalista dos anos 80 com atuação marcante nos movimentos político-sociais. Foram 62 anos de carreira e tenho orgulho disso”, afirma.
Serviço
Cristais de Orvalho (HN Publieditorial, 110 páginas), de Roselis Batista R, Lançamento amanhã, às 19h30, na CCLi (Avenida da Luz, 3421, Alto Rio Preto). Informações (17) 3011-4545
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