Entre boas doses de humor e muito conhecimento compartilhado, os palestrantes Luiz Felipe Pondé – colunista do Jornal Folha de S.Paulo, doutor em Filosofia pela USP e pela Universidade de Paris VIII – e Dado Schneider – pós-graduado em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre e doutor em Comunicação pela PUC/RS – rechearam a noite de comemoração dos 14 anos das empresas CCLi Consultoria Linguística e Cegente Educação Corporativa, no dia 21 de setembro, com boas reflexões.
Foi nesse mesmo clima que a noite comemorativa teve início. Entre amigos, parceiros, clientes, patrocinadores e convidados, o Teatro Paulo Moura também contou com a participação do prefeito da cidade, Edinho Araújo, e da imprensa local para acompanhar a programação.
“Está lindo isso! Que emoção”, enfatizou Ana Carolina Verdi Braga, ao se deparar com a plateia ocupando todos os 900 lugares do teatro. “Um evento como esse se faz com o apoio de todos. Sinto muito orgulho de saber que a semente que plantei anos atrás deu origem a esse trabalho de muito sucesso”, ressaltou Daniel, também diretor das empresas aniversariantes.
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Confira também a cobertura do evento no Programa Malu Visita e no Programa Frederico Tebar.
A tirania da felicidade
Resultante do sucesso de uma coluna, o roteiro da palestra “A tirania da felicidade” tem como propósito mostrar que existem pontos em nossa vida, os quais entendemos como situações comuns, mas que, na verdade, são imposições para sermos felizes quando não nos sentimos dessa maneira.
Entre as situações apresentadas, Luiz Felipe Pondé enfatizou que um dos lugares mais tristes é o mundo corporativo, já que pessoas são “esmagadas” para fazer dar certo o tempo todo, sejam em suas metas sejam em sua rotina de trabalho. “Precisamos ser felizes para trabalhar; afinal, pessoas felizes produzem mais e melhor e, principalmente, gastam mais”, mencionou.
O filósofo também destacou que a verdadeira alegria, aquela que não é imposta pela sociedade, acaba de forma rápida demais ou, ainda, quando vive procurando por ela. “Depois de perdê-la, muitas pessoas se lançam em buscas espirituais porque a vida é muito incerta. A maior tirania, por exemplo, é o jovem que tem medo do futuro e não confia em ninguém”, ressalta.
Outra tirania é a de não poder envelhecer. “Precisamos parecer felizes; idosos com cabeça de 20”, desabafa Pondé. “Pessoas felizes não deveriam circular na rua; afinal, não tem nada mais irritante do que conviver com alguém melhor do que você”.
O palestrante finalizou a primeira parte da noite nos revelando que existe uma necessidade (representada pelo tédio e pela angústia) em produzir a felicidade em forma de lazer e ações, e essas condições materiais irão determinar o nosso comportamento. “Estamos num mundo ansioso com uma enorme necessidade de ser feliz”, finaliza.
Mudança e inovação
Diferente de tudo o que a maioria já viu, Dado Schneider iniciou os primeiros minutos de sua palestra completamente mudo. O conteúdo, para prender a atenção da plateia, foi reproduzido em frases nos slides, embalados por músicas que representavam cada ponto abordado.
Foi exatamente dessa forma que o comunicador iniciou a segunda parte da noite: viva a sua geração, não a dos outros; não esquente a cabeça e procure entender as mudanças [trecho retirado da apresentação].
A principal mensagem que se fixou na mente de todos, ao longo dos minutos com o palestrante, foi a certeza de que o mundo muda, sempre, na sua vez, e que mudar é entender para aceitar (aceitar o novo, no caso). “Antigamente, jovem era jovem e velho era velho. A diferença se dava apenas pela idade. Hoje, temos jovem-velho, velho-jovem, jovem-jovem e velho-velho. Não nos diferenciamos mais por idade, mas por mentalidade”, ressaltou.
Poucas são as pessoas que não têm dificuldade em adaptar-se. As demais, segundo Dado Schneider, ainda estão no século XX. “Essas pessoas ainda têm a capacidade de nos dizer que bom era no seu tempo”, enfatizou.
Outro ponto que Schneider apresentou foi sobre o clima organizacional. “Daqui um tempo, por exemplo, o clima das empresas será no estilo do Vale do Silício, com ambiente mais leve e divertido. Por isso, temos que nos adaptar e reaprender a trabalhar”.
Dado Schneider, ao finalizar, fez um alerta que tem muito a ver com não precisarmos gostar das coisas mais novas, mas estarmos dispostos a conhecê-las e entendê-las. “Não vivemos uma era de mudanças; a mudança é a nossa era. E quem não entendeu a mudança do século XXI, terá dificuldade para viver. É que o século XXI é veloz e exigente demais para carregar pessoas malas.”
Mais uma semente
E depois de mergulhar nesse universo reflexivo, Daniel Rodrigues fechou a noite agradecendo a participação de todos e lançou outra semente com um misto de curiosidade. “Espero que todos vocês estejam juntos conosco, no ano que vem, para comemorar os nossos 15 anos”!
Conheça também a história de conexão entre as empresas aniversariantes.