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Por que aprender uma língua estrangeira pode te ajudar a desenvolver soft skills?

É inegável que a transformação digital rompeu barreiras geográficas. Estar online nos permite ter acesso a vários lugares, culturas, informações e práticas sociais. Nunca se fez tão importante saber comunicar-se utilizando uma língua estrangeira. O perfil do cidadão do século XXI apresenta a característica de multiculturalidade, dentre vários outros conhecimentos essenciais. Dominar uma língua estrangeira permite que esse indivíduo esteja em contato com diversas culturas, possibilitando assim que ele rompa barreiras culturais.

Mobilizadas pelas rápidas mudanças e avanços na tecnologia digital e consequente influência na sociedade, economia e educação, algumas organizações mundiais como a UNESCO e a OCDE se apressaram em elaborar documentos que definem e categorizam as habilidades necessárias para a vida no século XXI. Inspirada nessas organizações, a Universidade de Oxford, por meio do seu comitê de ensino de língua inglesa também escreveu um artigo –  Global Skills: Creating empowered 21st century learners – que discute a integração das habilidades globais (por eles denominadas) no ensino de língua inglesa e como ele pode ajudar a promover o desenvolvimento de tais habilidades.

O documento organiza as habilidades em cinco grupos que indicam como o ensino de língua inglesa (e por que não línguas estrangeiras em geral?) podem ajudar no desenvolvimento de habilidades globais para o século XXI.

São eles: 

  • Comunicação e colaboração
  • Criatividade e pensamento crítico
  • Competência intercultural e cidadania
  • Autorregulação emocional e bem-estar
  • Letramentos digitais

A experiência de aprendizagem de uma língua estrangeira pode nos ajudar a desenvolver todas essas habilidades? A resposta é sim. Se você escolher por uma experiência que privilegie o ensino da língua para comunicação, sim. Esse agrupamento favorece tanto o desenvolvimento de habilidade técnicas como a proficiência no idioma e letramentos digitais, quanto as habilidades mais maleáveis – as soft skills. Tudo dependerá de como esse processo e percurso serão desenhados. Existe uma corresponsabilidade entre aluno e professor. Muitas características do ensino comunicativo de línguas estrangeiras são compatíveis com o desenvolvimento de habilidades globais.

O aluno deve ser ativo em todo esse processo, comprometendo-se com seu resultado, informando conquistas e dificuldades e estando disposto a superar barreiras e crenças limitantes. Deve estar aberto ao novo e à tarefa de tornar a língua estrangeira que aprende cada vez menos estranha, com o apoio do seu professor.

Ao professor cabe responsabilizar-se pelo planejamento que inclua como objetivo ações pedagógicas que apoiem o desenvolvimento de tais habilidades ao integrá-las em sua prática de maneira efetiva e orientada por princípios. Formalizar o desenvolvimento dessas habilidades como objetivos de aprendizagem nos seus planos de aula também indicará uma ação que favorece o desenvolvimento dessas habilidades. O ensino de línguas na contemporaneidade estrutura-se no princípio que afirma que a aprendizagem acontece por meio do uso da língua. É tarefa do professor criar oportunidade para usar a língua em interação com outros na sala de aula e entre pessoas de outras culturas. É possível perceber que habilidades socioemocionais, interculturais e de comunicação compões a base das aulas de idiomas.

A experiência deve ser desenhada com o objetivo de contemplar o desenvolvimento não apenas da competência comunicativa, mas também das habilidades globais. Não existe desenvolvimento de proficiência se não houver interação. Comunicar-se pressupõe colaboração. É preciso ouvir e entender para conseguir falar. Falamos então de Comunicação e colaboração, o primeiro grupo de habilidades proposto no artigo da Universidade de Oxford. É possível afirmar que os alunos que desenvolverem essas habilidades conseguirão se comunicar de maneira eficaz, apropriada e com sensibilidade, transitando por várias modalidades de língua – escrita, falada ou digital. Esse usuário da língua também será capaz de demonstrar empatia e ampliar sua capacidade de entender o mundo sob diferentes perspectivas. Também poderá colaborar com outros compartilhando suas habilidades e aprendendo com eles.

As atividades propostas pelo professor para prática do idioma e desenvolvimento de proficiência podem e devem também ajudar o aluno a pensar de maneira flexível e gerar novas ideias e soluções. Quando aprendemos uma língua estrangeira pelo viés comunicativo, frequentemente nos vemos tendo que analisar e avaliar ideias, expressar-nos de maneira criativa, apresentar argumentos coerentes e precisos, além de propor conclusões baseadas em fatos. Veja que todas essas habilidades nos levam a compreender por que estudar uma língua estrangeira nos ajuda a desenvolver criatividade e pensamento crítico, apresentados no grupo 2.

Quando uma pessoa desenvolve proficiência em um outro idioma ele também adquire conhecimento sobre a cultura daquele povo e passa a ver o mundo por recortes diferentes do dele. Saber comunicar-se usando uma outra língua desenvolve a competência de interculturalidade. Isso nos ajuda a ganhar consciência e habilidade cultural, permitindo não só que ampliemos as chances de aprendermos um terceiro ou quarto idioma, mas também que nos tornemos mais abertos a novas experiência culturais. E por que não dizer que nos tornamos também mais respeitosos, tolerantes e flexíveis? É o que propõe o grupo de habilidade 3 – competência intercultural e cidadania.

Na jornada de aprendizagem de uma língua estrangeira, sabemos que a dedicação, o comprometimento e o esforço são muito importantes. Para alcançarmos a tão desejada fluência, o trabalho é árduo e o cérebro tem que estar disposto. Mas além de aspectos cognitivos, as emoções têm um papel muito importante nessa experiência. O cérebro prioriza as reações emocionais e teremos que aprender a lidar com elas se quisermos ter bons resultados. É muito importante saber reconhecer, identificar e compreender as emoções envolvidas nosso processo de aprendizagem. A famigerada ansiedade sempre está presente no processo, por exemplo. Será que você é capaz de perceber como ela atrapalha? Além disso, temos que saber ou sermos orientados a escolher estratégias saudáveis para gerenciar nossas emoções e não permitir que elas sejam um empecilho à aprendizagem. É disso que o grupo quatro cuida: habilidades de autorregulação emocional e bem estar.

Por fim e não menos importante, quando mergulhamos no oceano de aprendizagem dessa nova língua estrangeira, sabemos que boa parte do percurso será feito no formato digital. Por mais que escolhamos aulas no modo presencial, é inegável que a autenticidade da língua está muito presente na internet. E por que não nos jogarmos nesse mar? Aprender uma nova língua e desenvolver letramento digital para viver nesse mundo digital nos fará muito bem e abrirá muitas portas que ampliarão nossa capacidade de aprender a viver bem e em sociedade. É isso que propõe o grupo 5 do Global Skills: Creating empowered 21st century learners

Seria possível listar inúmeros outros benefícios que temos quando nos lançamos na aventura de aprender um novo idioma e tenho certeza de que nunca conseguiremos completar essa lista! Se jogue e aproveite!

Por Gabriela Imbernom – Gerente Pedagógica da CCLi Consultoria Linguística.

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